26 de fev. de 2010

O QUE É RITMO

Disciplina: Atividades rítmicas


Introdução



O significado da palavra tem origem grega que é “aquilo que se move; aquilo que flui; aquilo que nos leva crer que todo movimento é um ritmo em potencial” (BRASIL, 2008 apud CAMARGO, 1994, p.23).

Existem vários tipos de ritmos como: rápido, lentos, leve e forte no qual determina isso é a pessoa, na intensidade e no tempo que vai utilizar seus músculos.

Todo ser humano é dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por isso, o ritmo é considerado o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.

É o ritmo externo ao Homem que coloca em jogo, mais do que tudo, o movimento corporal e possíveis modificações fisiológicas. O ritmo da bateria de uma escola de samba provoca, na maioria das pessoas, elevação da frequência cardíaca e, mesmo que discretamente, um gingado do corpo, uma batida de pé, um estalar de mãos.

Autores e pesquisadores que conceituaram o ritmo admitem a dificuldade de situá-lo como algo concreto e a impossibilidade de defini-lo e de avaliá-lo de forma objetiva. Poderíamos considerar que o ritmo é um fenômeno que existe de fato. Hanebuth (1968, p.13), um dos autores que mais contribuiu para o entendimento do ritmo e que o associou às atividades motrícias, argumentou que o ritmo constitui a coordenação motora e a integração funcional de todas as forças estruturadoras, tanto corporais como psíquicas e espirituais. Entender o ritmo como algo interno e que pode ser alterado a partir de estímulos externos, advindos do meio ambiente, é considerá-lo como impulsionador de processos psíquicos, afetivos e emocionais.

A valorização ou não do desenvolvimento do ritmo pode estar atrelada à confusão no seu entendimento ora como capacidade humana diretamente ligada ao Sistema Nervoso Central, ora como metodologia de ensino que facilita e motiva a aprendizagem, execução e criação de movimentos.



Ritmo



Se cada pessoa tem o seu ritmo e esse está relacionado com o sistema biológico e também como uma forma de comunicação, o ritmo tem relação com a sociedade e a sua cultura, e como cada região tem uma forma de expressão, o ritmo também é modificado em cada lugar encontrado.

Os fatores externos influenciam no sistema biológico, que através disso recebem informações para o sistema nervoso central (SNC) a partir destas decisões convenientes ocorre a homeostase.

A sociedade a todo o momento envia estímulos externos. Já o ritmo é um conjunto de estímulos externos e influências internas, pois se o corpo não estiver em homeostase, ele vai responder de uma forma diferente, mas mesmo assim continuará a ter movimento, com sincronismo desigual. O material de trabalho da educação física é o corpo em movimento, então a partir deste, estimulamos o aluno a se movimentar e a interagir com o mundo e conhecer o seu próprio corpo, isso é um ritmo, e na aprendizagem esse é um fator essencial, pois é uma troca de conhecimento e para haver essa troca tem que haver sincronia e compreensão.



Vídeo



Os dois lados da moeda

Vamos mostrar que o ritmo pode ser encontrado em vários lugares e de várias maneiras, por exemplo, iremos utilizar dois vídeos para demonstrar dois tipos de ritmo diferentes, o ritmo da cidade grande e o ritmo da cidade do interior.

Na cidade grande o ritmo é bem acelerado, as pessoas vivem numa correria diária, que quase não tem tempo de olhar para o lado e conhecer a cidade. Já nas cidades do interior o ritmo é muito diferente, pois é calmo e nos passa uma tranquilidade que não temos nas grandes cidades.

Um dos fatores responsáveis por essa diferença é o número de habitantes, o número de carros e prédios é muito maior do que nas cidades do interior. Isso é o que faz as cidades do interior ser mais tranquilas e terem um ritmo mais lento do que na cidade grande.

Para sentir essa diferença, basta pegarmos uma pessoa que sempre viveu em cidades pequenas no interior e colocar ela para ficar numa cidade grande por um determinado tempo, ela vai ter que se adaptar ao novo ritmo, o mesmo acontece se pegarmos uma pessoa que sempre viveu na cidade grande e levar ela para ficar um tempo no interior, ela também terá que se adaptar ao novo ritmo, lembrando sempre que cada pessoa tem o seu próprio ritmo, mas as influências externas acabam interferindo nele.

Arribas (2002) cita que a primeira infância é a idade mais indicada para iniciar o cultivo do sentido rítmico, pois a espontaneidade e a liberdade de expressão da criança nesta fase proporcionam condições muito úteis para trabalhar o ritmo; ROSSETE (1992) cita como exemplo o bater palmas, que é o primeiro movimento espontâneo em face do ritmo, e a criança o realiza desde o primeiro ano de vida, quando brinca com aqueles que a cercam.

“Cada corpo tem sua corporeidade que, no fundo, corresponde à sua arquitetura. A corporeidade é o que faz com que um corpo seja tal corpo. o organismo humano, como uma espécie viva, tem sua própria corporeidade. Mas cada individuo, segundo a engenharia genética revela, possui uma corporeidade própria”. (MOREIRA,1998)




Exemplos de Ritmo


Campo



Urbano




Conclusão



Le Parkour e Surreal


“Dali está sempre ocupado em unir para legitimar. Sua imaginação trabalha, não para inventar a irrealidade, mas para diminuir a distância entre as coisas reais” (Salvador Dali); David Belle inventor do Le Parkour, diz que: “O espírito no Parkour é guiado em parte a superar todos os obstáculos em seu próprio caminho como se estivesse em uma emergência”.



Bibliografia


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : Educação Física /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 1998. 114 p.


TERTULIANO, I. W. et al. Estrutura de prática e frequência de "feedback" extrínseco na aprendizagem de habilidades motoras. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.22, n.2, p.103-18, abr./jun. 2008
Disponivel em: <www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rbefe/v22n2/v22n2a2.pdf>


LUIZ, Teumaris R. B. Avaliação de um programa de atividades rítmicas adaptada à pessoas surdas para variação dos parâmetros de velocidade no ritmo. R. bras. Ci. e Mov. Brasília v. 11 n. 3 p. 27-32 jul./set. 2003
Disponivel em:


PAUWELS, Dali. As paixões Segundo Dali. Rio de Janeiro: Expansão Editorial



25 de fev. de 2010

O OBSERVADOR - ENSINANDO E APRENDENDO

Disciplina: Dança









Introdução


Cientes de toda complexidade (JOÃO & BRITTO, 2004 apud MORIN,1997) que nossa corporeidade envolve, observando o mundo, raciocinando e acrescentando o termo pluralidade a esse pensamento, descobre-se que o planeta é de fato contextualizado por diversas pluralidades, sejam elas, de religião, etnia ou qualquer tipo de gostos pessoais, e não poderia ser diferente quando se fala em educação e escola. No Brasil em sua ampla maioria há escolas com professores às vezes sem autonomia, dando aulas não direcionadas à especificidade de aprendizado, ou até mesmo, facilidades ou especialidades que cada aluno possa ter; José Pacheco (Educador português/ Escola da Ponte) cita que: “Cada ser humano é único e irrepetível, ipso facto, o trajeto de desenvolvimento de cada aluno é também único e irrepetível”. Para ajudar a quebrar um paradigma de aulas lecionadas e direcionadas somente para habilidades lingüísticas e lógica matemática Howard Gardner (1985), criou A Teoria das Inteligências Múltiplas; segundo ele, “todos os indivíduos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete diferentes e, até certo ponto, independentes áreas intelectuais”.



Metodologia


Saber ensinar


Uma das formas de ensinar a é saber como será o método pedagógico, para isso é necessário conhecer as diferentes possibilidades, entre elas o método de demonstração que segundo MAGILL (2000) é a forma de comunicação mais comum, mas para ocorrer de forma clara o professor tem que desempenhar a atividade corretamente, para que o aprendiz tenha idéia desse novo movimento.

Cada pessoa processa de um jeito diferente a informação através da comunicação de demonstração, para isso é necessária saber se realmente ela está compreendendo o objetivo da atividade. Isso pode ser obtido através de um pequeno teste, pedir ao aprendiz que descreva o que foi passado; para saber o grau de assimilação, porém nem sempre será exatamente da mesma forma, mas tem que estar coerente com o que foi proposto, pois tem diferença de olhar e ver.

Diferenças entre olhar vê são:

Olhar – Somente percebe a demonstração e não aprender.
Ver – Repara os detalhes e aprende.

Cada pessoa tem uma determinada facilidade para aprender, mas o fato de demonstrar não quer dizer que seja padrão, pois podemos fazer de diversas formas com o auxilio dos sentidos:

Audição

Demonstrar a atividade e falar descrevendo o movimento ao mesmo tempo.

Ao falar você chama a atenção do aprendiz para observar o movimento de forma mais objetiva, que neste caso pode ser o corpo como um todo ou um determinado seguimento, porem tem que informar aos poucos, pois as pessoas têm limitações na capacidade da informação. Não adianta querer passar tudo de uma vez, pois assim a pessoa ira ter dificuldade para lembrar e desempenhar.

Visão

O processo de aprendizagem visual pode seguir duas teorias que são contraditórias, essas possibilidades são:

Teoria da mediação cognitiva: Observação do movimento para executá-lo, ou seja, trabalha com a memória, a pessoa vê e guarda a informação para quando for executá-la, lembrar através de símbolos e imagens que o mesmo criou. Esse processo é subdividido em alguns passos:

1. Processo de atenção: Observa o movimento prestando atenção nos detalhes.

2. Processo de retenção: Constrói símbolos para identificar a seqüência de uma forma representativa, depois tem o Processo de reprodução do movimento: Lembra dos símbolos e faz a tradução através dos movimentos.

3. Processo de motivação: Incentivo para execução do movimento.


Visão dinâmica do modelamento:
O visual capta automaticamente o que esta sendo observado. Conforma MAGILL (2000) afirma que “(...) acontece porque a informação visual pode fornecer diretamente a base para coordenação e o controle de varia partes do corpo necessárias para reproduzir a ação”.

JOÃO e BRITTO nos da um exemplo muito bom de observação: “(...) a intervenção prematura/determinista do professor pode limitar a amplitude da experiência, do mesmo modo que a intervenção atenta pode expandir novas possibilidades”.



Resultados


Richard A. Magill usa um método chamado “Conhecimentos de Resultados”, onde ocorre exatamente esta leitura do professor após o comando de um movimento que terá sido executado pelo aluno, para que ele saiba exatamente o momento de lhe passar o resultado certo, tanto como deve ser o movimento, como também o aluno que fez o movimento para venha poder também observar com mais atenção a maneira de executar o movimento. O Conhecimento de Resultados (CR) é um recurso que tem que estar presente, porém nem sempre tem que ser aplicado o resultado logo de inicio, às vezes temos que esperar com que o aluno execute por varias vezes o que lhe foi proposto para que possamos assim possamos lhe passar um resultado mais adequado.

Isso nos leva a entender que além de ensinar o professor tem que ser um bom observador, podendo com isso fazer uma leitura corporal do aluno aprendendo a cerca de suas limitações. Ou seja, a interatividade entre ensinar, aprender, observar e chegar a um resultado (dança) é algo que tem haver muita harmonia entre estes fatores, pois neste processo o professor que causa uma desordem, ou seja, ao mesmo tempo em que ensina ele aprende e observa, possibilita um melhor aprendizado. “(...) Gerar situações problema que favoreçam o processo auto-reflexivo que acontecem na aula e para além da aula é, segundo nossa visão, fundamental para uma boa pratica pedagógica que vislumbra um processo de transformação”.


Dinâmica


Objetivo

O objetivo do nosso trabalho é poder assimilar o aprendizado, a observação, o ensino e o resultado dentro de uma possível aula de percussão corporal “(...) A percussão corporal serve como ferramenta para exercitar atenção, concentração, coordenação motora, de si mesmo e do grupo.” Dentro desta aula causaremos situações problema onde o instrutor a observa para obter um possível aprendizado com seus alunos e vice-versa.

O método da dança “Peito, Estrala, Bate” que envolve três das sete Inteligências Múltiplas de Howard Gardner (Inteligências: Musical, Espacial e Cinestésica), trabalha-se com os alunos um tipo de dinâmica muito abrangente, onde todo se sendo um bom observador pode ensinar, aprender e consequentemente interagir com outras pessoas, e dentro dessas interações com certeza uma dança fluirá. Uma experiência foi feita adaptando a dança mencionada “Peito, estrala, bate”, a um ritmo de Hip-Hop com a música do cantor americano Usher - Yeah! Fazendo-se esta adaptação nos aproximamos de uma das definições de Surrealismo; FORTINI (1980), O Movimento Surrealista, 2ª edição; “Uma paixão negativa, de destruição e de recusa de quanto entrave a integral apropriação pelo homem do seu próprio mundo e do mundo que o circunda...”.



Pratica

Peito, estrala, bate

Essa dinâmica serve como uma forma de aprendizagem, tanto pra quem esta ensinando, quanto para quem esta efetuando a ação e também para quem esta observando tudo.

E nessa vivência o grupo, conclui que:

Ensinar – Você começa a ensinar de uma maneira, imaginamos que o professor ensine por partes: primeiro só o inicio da musica, repetindo varias vezes até que o aluno consiga aprender, depois que já consiga fazer tudo sozinho, o docente vai aumentando o grau de dificuldade, passando para segunda fase, só que nem todos os alunos vão conseguir aprender assim, pois como vimos no texto acima cada aluno aprende de uma forma especifica então o professor terá que mudar o seu ensinar, ou seja, assim você aprende com a necessidade dele.

Aprender – Muitos pensam que só os alunos aprendem, mais o grupo conclui que a escola em si aprende junto, tanto os professores, quanto os alunos, diretores.
Nessa dinâmica vimos que tanto os alunos, quanto os professores aprende. Seguindo o caso anterior, o professor passa a ser aprendiz quando o aluno demonstra a forma mais fácil de aprender, ou como no exemplo usado em sala de aula, o aluno passa a ensinar os seguintes passos sem a ajuda do professor. Assim o discente vira docente e vice-versa.
• Observador – No exemplo feito em sala de aula, o grupo concluiu que os observadores são todos os que estão presentes na sala, pois quando ensinamos ou aprendemos nós temos que passar pela fase de observar.
Observamos que ao tentarmos ensinar temos que ter a percepção se os alunos estão conseguindo aprender a proposta, e assim também temos que ter a mesma atenção quando estamos aprendendo os movimentos para a sim serem executados.



Conclusão

Todos imbricados num processo de aproximação de todos os aspectos que envolvem o mundo animal: Complexidade, Pluralidade, Inteligências Múltiplas e Surrealismo; todos aplicados na dança, quebrando paradigmas (só o professor pode ensinar) e respeitando diferentes formas e ritmos de aprendizado.






23 de fev. de 2010

COMO SE APRENDE

Disciplina: Aprendizagem Motora


Aprendizagem



O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, e isso vai ocorrer por toda a sua vida, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológico e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.


"Processo interno que produz alterações consistentes no comportamento individual em decorrência das interações da experiência, da educação e do treinamento com processo biológico. É um fenômeno no qual a experiência é pré-requisito, o desenvolvimento, em oposição, é um processo que pode ocorrer independentemente da experiência". (GALLAHUE, 2005)


A aprendizagem pode ser considerada também uma forma de ensinar e estimular o desenvolvimento da pessoa para se conhecer e também conhecer o mundo em que vive e se relacionar com as outras pessoas. Conforme é afirmada no site formação onde fala sobre o conceito de aprendizagem.



Como se aprende


FREUD e MONTESSORI consideram que o que vem de dentro da criança consiste no aspecto mais importante do desenvolvimento; por isso o ambiente escolar (educacional) de ser permissivo o suficiente para permitir que os aspectos internos ‘’bons’’ (as capacidade e virtudes sociais) desabrochem e os aspectos internos ‘’maus’’ permaneçam sob controle (KOHLBERG e MAYER, 1972). Dessa forma, a criança é concebida como uma planta, que se origina de uma semente e todas as características que ela possa vir a desenvolver já estão predeterminada e contidas na semente. A planta necessita de luz solar, ar e água (um bom ambiente) para crescer, mas além de retardar ou maximizar o crescimento, os fatores ambientais não tem maiores efeitos sobre as características da planta. O que mais contribui para o desenvolvimento é o que existe naturalmente dentro do indivíduo.


Transmissão Cultural-Behaviorismo


A educação tradicional praticada nos Estados Unidos e na maioria das sociedades ocidentais está enraizada no conceito de que a prática educacional consiste na transmissão direta do conhecimento acumulado, das habilidades e dos valores da cultura. Na União Soviética, esta idéia foi institucionalizada como uma política explícita do Estado. O conceito de desenvolvimento da corrente da transmissão cultural entende a mente como uma máquina.

O ambiente é considerado como o responsável pelo desenvolvimento. Subjacentes ao conceito mecanicista de desenvolvimento estão os conceitos associados de estímulo e resposta e reforçamento, cujas raízes estão nos trabalhos de John Locke, Ivan Pavlov, John Watson, A.H. Thorndike e, mais recentemente, de B. F Skinner. O desenvolvimento mental da criança, bem como dos morais e das emoções, são concebidos como um resultado de associações especificamente adquiridas sob controle do meio, por meio de reforçamentos.

As inovações educacionais atuais que se baseiam na justificativa teórica de corrente da transmissão cultural são a tecnologias educacionais e a modificação do comportamento. Em ambas, a experiência externa (ou reforçamento) é considerada crítica na modelagem ou determinação do curso da aprendizagem e desenvolvimento. Em geral, a maturação, ou pré-determinismo genético, tem pouca significação.

O modelo Behaviorista de transmissão cultural sugere que as crianças podem aprender somente através da instrução direta. O professor deve ensinar a criança. E isto é realizado de modo mais eficiente quando o professor (ou os pais) controla aqueles reforçadores que operam sobre uma criança específica e compõem o esquema da contingência de reforçamento na aprendizagem da resposta desejada.


Exemplos de técnicas



Demonstração e descrição verbal


Conforme a afirmação MAGILL, a demonstração é a forma de se ensinar habilidade motora mais comum, independente de número de pessoas. Porém existem várias formas de como transmitir essa informação através de demonstração. “As duas formas mais populares de comunicar como desempenhas uma habilidade consiste na demonstração da habilidade e na instrução verbal”. (MAGILL, 1998. P. 184).


Considerações de condições para aplicar a técnica da demonstração


Ver e Olhar


Não adianta a pessoa somente observar e não assimilar a informação e que está sendo transmitida, para isso pode ser utilizar a técnica de perguntar para o aprendiz descrever o que foi demonstrado, a fim de identificar esta obtendo resultado positivo ou negativo. Não há necessidade da explicação ser de forma exata, porem de forma coerente, pois cada um tem uma percepção deferente do outro.


“O observador percebe e utiliza aspectos invariantes do padrão de movimento coordenado a fim de desenvolver seu próprio padrão de movimento para desempenhar a habilidade” (MAGILL, 2000. P. 185).


“As pessoas podem reconhecer diferentes padrões de passos com precisão e rapidez, sem ver o corpo todo ou o movimento dos membros. Ou ao contrário, as pessoas utilizam a razão invariante do tempo relativo entre dois componentes do passo. Ou seja, a informação mais importante envolvida na aprendizagem observacional são as relações invariantes no movimento coordenado”.



O que interfere na aprendizagem


Durante a pesquisa foram detectadas algumas situações que pedem influenciar de forma negativa ou positiva no processo de aprendizagem, que neste caso pode ser de forma intrínseca ou extrínseca.

Alguns fatores que interferem na aprendizagem são:

• Carências afetivas;
• Deficientes condições habitacionais, sanitárias, de higiene e de nutrição;
• Pobreza da estimulação precoce;
• Privações lúdicas, psicomotoras, simbólicas e culturais;
• Ambientes repressivos;
• Nível elevado de ansiedade;
• Relações interfamiliares;
• Hospitalismo;
• Métodos de ensino impróprios e inadequados

É possível obter grandes resultados a cerca da aprendizagem e do desenvolvimento, desde que venhamos respeitar o educando observando nele sua capacidade de absorção de aprendizado. Como podemos ver no texto anterior, isso se torna mais fácil quando executado em sincronia de professor aluno, pais e filhos, professores e pais, tornando melhor o desempenho do aluno. É muito importante que as diferenças sociais e raciais sejam minimizadas, pois afinal a discriminação existe e é um fator muito prejudicial para o aprendizado. Temos que fazer o possível para quebrar os preconceitos que são uns dos fatores que faz com que o aluno venha coagir mediante esta situação.

No caso da aprendizagem motora, o ambiente pode influenciar na aprendizagem, pois segundo MAGILL (1998) afirma que o ser humano tem limitações ao fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo quando somos obrigados a dividir nossa atenção entre as tarefas serem desempenhadas.


Essa influência pode ser negativa ou positiva no processo.

Positiva – Quando a atividade exigir que a pessoa tenha que tomar decisões rápidas e depende da influencia de fatores externos, como em um esporte coletivo ou ate mesmo no dia a dia.

Negativa – Atividades que exigem concentração e detalhes, ou te mesmo algo novo, onde a pessoa não tenha o domínio da habilidade, ou seja, influencias externa podem desviar a atenção de prejudicar no desempenho do individuo.


Conclusão


Concluímos que devemos observar de forma individual cada situação. Pois o fato do individuo ter dificuldade a assimilar a aprender algo novo, não é um padrão, é necessário conhecê-lo de uma maneira muito próxima, a sua personalidade, o histórico de sua vida, observar a expressão corporal e o relacionamento com as outras pessoas, e não caso do campo educacional, conversar com os pais entre os outros professores, com objetivo de detectar, resolver o problema.




BIBLIOGRAFIA

GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças. Adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo: Phorte, 2005. 585p.

MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2000

WADSWORTH, B. J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget: fundamentos do construtivismo. 5ed. São Paulo, 1999

Site: Formação

Disponível em: <http://formacao.atwebpages.com> Acesso em: 19 fev. 2010


22 de fev. de 2010

PRIMEIRA INFÂNCIA

Disciplina: Crescimento e Desenvolvimento


1. FAIXA ETÁRIA


Para abordar o tema faixa etária, foi preciso pesquisar todas as formas possíveis para caracterizá-la em seus possíveis grupos, nossa pesquisa foi com base no livro Compreendendo o Desenvolvimento Motor: Bebês, Crianças e adultos (GALLAHUE, 2005) onde conseguimos encontrar as seguintes formas:


1.1 Idade Cronológica


A idade cronológica, cada grupo tem uma nomenclatura específica em cada fase, de uma forma geral é divida em sete fases:

• Vida Pré-Natal: Concepção ao nascimento
• Primeira infância: Nascimento até dois anos
• Infância: Dois a dez anos
• Adolescência: Dez a vinte anos
• Adulto Jovem: Vinte a quarenta anos
• Meia-idade: Quarenta a sessenta anos
• Terceira idade: Sessenta anos ou mais.

A classificação da faixa etária é determinada pela idade cronológica que serve como base, porém muito generalista com isso não pode ser a única fonte de estudo a ser confiável, pois pode haver particularidades em cada pessoa, para isso existem outros métodos para chegar à classificação etária.


1.2 Métodos de classificação etária

Esses outros métodos auxiliam na exatidão da faixa etária.

• Idade Biológica: Registro do índice do seu progresso em direção a maturidade correspondente à idade cronológica.

• Idade morfológica: Através do peso e altura. A base para informação desse padrão foi por Wetzel em 1948; devido às mudanças dos padrões das pessoas, com o passar das gerações esse método não é o mais confiável. Atualmente é utilizado gráfico do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde em 2000.

• Idade Óssea: Desenvolvimento do esqueleto, onde é determinado através de radiografias dos carpos e metacarpos das mãos. A desvantagem desse método é por devido à radiação desnecessária.

• Idade Dental: E um meio preciso. Seqüência de aparecimento dos dentes desde pontas até o fechamento das raízes, mensuração da idade da calcificação, mapeamento progressivo dos dentes.
• Idade Sexual: Característica sexual primaria (crescimento dos seios na mulher) e secundários (mudança na tonalidade da voz no homem); devido à exposição esse método é pouquíssimo utilizado por social.
• Idade Emocional: Estudo de como a pessoa tem a facilidade e habilidade da socialização.

• Idade Mental: – complexa do potencial mental do individuo como função tanto do aprendizado quanto da auto-percepção.

• Idade Autoconhecimento: A dignidade.

• Idade Perceptiva: Avaliação do índice e da exatidão perceptivo do individuo.

Nossa pesquisa o foco será a primeira infância que na faixa etária cronológica varia entre o nascimento até os dois anos. Esse período é subdivido em:

• Período Neonatal: Nascimento ao primeiro mês;

• Inicio da Infância: um a doze meses;

• Infância Posterior: doze a vinte e quatro meses;



2. DESENVOLVIMENTO NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Cada fase tem uma característica diferente da outro, onde são adquiridas experiências novas.

O desenvolvimento metal é um processo que se inicia no dia em que a criança nasce e, possivelmente antes. Isto não quer dizer que a criança nasce pensando, mais sim que o seu comportamento sensório-motor, já desde o nascimento, são os aspectos mais primitivos do desenvolvimento intelectual, conforme afirma WADSWORTH (1997) “(...) as raízes de todo o desenvolvimento intelectual se encontram no comportamento primitivo sensório-motor”.

Fizemos uma pesquisa baseando em WADWORTH, 1997 para descobrimos essas fases com cada característica especifica, e neste livro foi encontrada a divisão que foi feita por PIAGET referente ao desenvolvimento sensório-motor em seis períodos, nos quais ele explica os padrões de comportamento e as suas complexidades.

• 1º período (nascimento ou primeiro mês)

o Atividade reflexa: sugar, agarrar, chorar, movimentar os braços, o tronco e cabeça. Não tem noção de nada, as reações são simples reflexos.
o Nesta mesma fase com o passar do tempo ele começa a procurar o seio da mãe sugar por adaptar e por achar cômodo.
o Incapaz de identificar a diferença entre ele e mundo que o cerca, ou seja, é egocêntrico.

• 2º período (primeiro ao quarto mês)

o Os reflexos começam a ter atitudes e intenções
o Início dos sentimos (prazer, desconforto, satisfação...).


• 3º período (quarto ao oitavo mês)

o Orienta-se progressivamente para os outros objetos e eventos além do seu próprio corpo.
o Começa a ter noção do seu corpo e acaba explora o espaço.
o Segura os objetos com maior facilidade e coordenação,
o Faz algo que lhes agradam e tentam repeti-lo de maneira intencional (movimento sensório-motora primitiva).
o Progresso intencional, pois tem o domínio dos movimentos e já pode atingir seus objetivos.

• 4º período (oitavo ao décimo segundo mês)

o Começa a fazer combinações que ela já tinha de suas antigas experiências, para adquirir um melhor desempenho em seu meio vivente.
o Começa recordar de fatos ocorridos, ou seja, passa a resgatar em sua memória. (denominada antecipação de evento, WADSWORTH, 1997).
o O campo de visão aumentou, mais mesmo assim a suas limitações ainda ocorrem.
o Como tem noção que não é mais um objeto, e sabe o que é gostar e não-gostar, os bebês começam a dirigir os sentimentos aos outros.

• 5º Período (décimos segundo ao décimo oitavo mês)

o Desenvolve novos meios para alcançar melhores fins.
o Manipulação para alcançar algo desejado, ou seja, cria estratégias para alcançar seus objetivos.
o “Experimentando” com os objetos, gostam de ver situações novas e adaptar-se a elas.
o Capaz de seguir os deslocamentos visíveis, mas permanece incapaz de seguir deslocamentos invisíveis.
o Noção de dependência e que não e capaz de fazer tudo sozinha
Esse processo no desenvolvimento intelectual são importantes segundo afirma WADWORTH 1997, (apud PIAGET) “(...) o comportamento passa a ser inteligente quando a criança adquiriu a capacidade de resolver novos problemas. As habilidades de solução de problemas são nitidamente adaptativas”.

• Período 6 (décimo oitavo ao vigésimo quarto mês)

o Início da inteligência representacional (consegue adaptar-se com formas de representação)
o Usa a invenção de meios para elaboração de seqüências de ações ao nível de representacional (pensamentos)
o Procura por aquilo que ela não vê, ela sabe que pode não ver o objeto mais ele ainda existe.

Concluirmos que ao nascer o bebê não é um ser social. No inicio de sua vida nada o que ele faz tem sentimento ou razão, tudo é feito por puro reflexo, e à medida que ele vai crescendo e passando de fase, vai amadurecendo como um todo. Com o passar dos dias os bebês vão criando conceitos, pensamentos, idéias, tudo isso através de uma congnitude, afetando todas as áreas não só morfológicas dos recém-nascidos mais também a área do conhecimento. Então os bebês constroem conhecimento? Na perspectiva piagetiana, SIM. Eles são capazes de construírem conhecimentos por si só, lógico que com ajuda de objetos, e estágios em que a vida nos ensina como no que é um espaço, o que é um objeto, raciocínios matemáticos, como é sentir afeto por alguém. Tudo isso são fases em que a criança vivencia e aprende sozinha.



3. DESENVOLVIMENTO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA


O esporte é um forte aliado no desenvolvimento da criança, para enfrentar a vida, pois é a partir dele são desenvolvidos alguns de seus sentidos como, por exemplo, saber que nem sempre vai ser do jeito que ela quer e na vida tem seus altos e baixos e ela vai ter que aprender a conviver com tudo isso. A criança começa a aprender que a partir de seus esforços vai conseguir conquistar o que deseja sem esquecer-se das regras da vida e se não respeitá-las poderá trazer alguns prejuízos na vida, por exemplo, ela prejudicar outra pessoa para conseguir o que ela quer. Como afirma BRACHT quando cita “(...) o esporte educa porque ensina a criança a conviver com a vitória e a derrota ensina a respeitar as regras do jogo, ensina a vencer através do seu esforço pessoal”.(BRACHT, 1986. P.64).

BRACHT (1986. P.62) afirma que “(...) a Educação Física atua sobre os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo“, ou seja, desenvolve os movimentos que a criança faz com os membros do corpo, como mexer os braços, as pernas, etc.; a parte cognitiva, melhorando o poder de memorização da criança e na parte afetiva, pois terá o contato com o próximo e saberá a interagir e respeitar seus limites.

A Educação Física proporciona a oportunidade de conhecer o próprio corpo e através das brincadeiras a estimular sua imaginação, e de prepará-lo para novas experiências, isso é muito importante, pois a partir daí vai aprender a ter seu autocontrole. Por exemplo, quanto ele brincar de ir atrás de um objeto e ao mesmo tempo aprendendo a engatinhar, caso ele caiu na próxima vez ira tomar mais cuidado.

A Educação Física proporciona a oportunidade de conhecer o próprio corpo e através das brincadeiras a estimular sua imaginação, e de prepará-lo para novas experiências, isso é muito importante, pois a partir daí vai aprender a ter seu autocontrole. Por exemplo, quanto ele brincar de ir atrás de um objeto e ao mesmo tempo aprendendo a engatinhar, caso ele caiu na próxima vez ira tomar mais cuidado. Conforme citado no livro Educação Física e Recreação para pré-escolar:

“Brincar proporciona a criança, oportunidade de investigar seu ambiente e tornar-se mais informada de si mesma. Mesmo quando for muito pequena, brinquedo colorido pendurados em seu berço estimulam passeios pela zona da audição, tato e visão” (NETO, 199 p. 35).

A brincadeira é uma forma da criança se comunicar e aprender conviver no seu mundo de forma verbal e não-verbal e é muito importante no processo de desenvolvimento na primeira infância e o a brincadeira é um jogo que é definido de seguinte maneira

“(...) atividade livre, conscientemente tomada como ‘não seria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendência a rodearem-se de segredo e sublinharem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios semelhantes”. (HUIZINGA, 2004 P. 16).

A brincadeira é um processo que cabe ao adulto e estimular sempre a criança, pois conforme cita NETO (1999, p.90), “(...) a segurança do adulto torna-se indispensável nesse processo”. Essa brincadeira é de forma corporal, pois ao falar, ao tocar no bebê o adulto esta interagindo com ela.

“Todo comunicação que o adulto provoca deve considerar este jogo de olhar, sorrir, tocar, agarrar, acariciar, falar, brincar, contrariamente ao que se pensa, é o adulto que imita o bebê, servindo de eco as sua expressões mímicas e verbais. A segurança do adulto torna-se indispensável nesse processo. O dialogo corporal só se estabelece se for progressivo e facilitador da autonomia” (NETO, 1999 p. 90).


Com essa pesquisa, observamos que o movimento é fundamental no processo de crescimento, maturação e desenvolvimento do ser humano, e neste caso a relação que tem com a educação física é que em todo momento a criança é ativa e receptiva para aprendizagem.



4. ANATOMIA DO DESENVOLVIMENTO


4.1 Ossos

O esqueleto humano é composto por 206 ossos, porem essa quantidade é na fase adulta, pois ao nascer o bebe tem 270 segundo o site MEDICALOOK: YOUR MEDICAL WOLD, isso é devido aos ossos do crânio do recém-nascido por serem formadas por vários ossos separados denominado fontanelas. O crânio não é fechado ao nascer, pois tem que ser maleável e comprido para o parto, e também como o cérebro ainda vai crescer o ocupara esse espaço. O cérebro é um órgão que praticamente esta pronta ao nascer, pois ele já será responsável pelo funcionamento dos órgãos. Porém ainda não esta como todo processo completado, com o passar do tempo ele vai adquirindo novas experiências e por volta dos 12 a 15 meses o cérebro se fecha, tornando-se assim um único osso.

Outra característica do esqueleto é que ao nascer as crianças tem 3 carpos e só atingira o seu desenvolvimento total, ou seja, 9 carpos, na fase da adolescência.

A criança nasce com a coluna vertebral frágil e ela só vai ter uma certa resistência entre 8 e 9 anos.

Para que a criança possa ter uma melhor mobilidade dentro do útero da mãe, ela tem os ossos macios e após o nascimento esses ossos começam a endurecer aos poucos e consequentemente ele começa a ter mais confiança em seus movimentos, logo mais independência, segundo BEE, 2003.


4.2 Músculos

As crianças nascem com os músculos prontos, porém esse músculo só vai se fortificar com o passar do tempo, tornando-se mais longo e tendo mais força.


4.3 Coração e Pulmão

A criança quando nasce tem o coração e o pulmão menor do que o de um adulto, esses órgãos só vão se desenvolver por completo conforme o seu desenvolvimento, o mesmo acontece com o ritmo cardíaco, pois quando pequena a sua freqüência cardíaca é maior do que depois de desenvolvida.


4.4 Sistema Nervoso

O cérebro já nasce praticamente pronto, porém, o córtex, responsável pela linguagem e pensamento, só vai começar a se desenvolver a partir do nascimento da criança tendo também a criação de sinapses. Aos dois anos uma criança tem mais sinapses do que um adulto, por que ela esta em fase de aprendizagem, conforme ela aprende essas sinapses vão desaparecendo, por isso que é importante estimular a criança para seu desenvolvimento por completo.

É muito importante estimular a criança de forma auditiva e visual para ajudar a estimular e organizar o cérebro.


4.5 Hormônios

A Hipófise, que é o hormônio da tireóide, é de grande quantidade devido ao crescimento físico.



5. DROGAS NA GRAVIDEZ


Uma droga pode afetar o feto de varias maneiras. As drogas podem interferir no crescimento dos órgãos ou na diferenciação celular e afetar o desenvolvimento natural do feto.


5.1 Drogas maternas necessárias

Na gravidez, a mãe grávida pode estar sob cuidados médicos por causa de indisposição e doença. O cuidado médico deve ser bom e consistente pelo fato do feto em desenvolvimento também pode ter necessidades especiais. Os medicamentos prescritos para a mãe pode ser modificados a fim de proteger o bebê. A mãe grávida com câncer está em risco quando a quimioterapia é usada para diminuir a taxa de crescimentos de células malignas, particularmente nos primeiros 3 meses de gravidez.


5.2 Possíveis efeitos de drogas ilícitas no desenvolvimento da criança ainda não nascida:

• Anfetamina e barbitúricos: aborto, problemas no parto.
• Cocaína: hipertensão, baixo peso ao nascer, distúrbios de aprendizagem, problemas comportamentais, mortalidade acentuada, crise de abstinência fisiológica.
• LSD (ácido lisérgicos): pode causar danos cromossômicos, algumas vezes contaminado com quinina ou outros materiais que podem prejudicar a criança. Algumas pesquisas alta incidência de efeitos congênitos em filhos de usuários de LSD.


5.3 Álcool na gravidez

Relatos apontam que há mais de um milhão de alcoólatras em idade reprodutiva e que os efeitos do álcool atingem o feto duas vezes mais rápido do que a mãe, em na mesma concentração. O mito de que o feto retira somente o que precisa de nutrientes da mãe levou o grande descuido das grávidas, em conseqüência temos milhares de complicações na gravidez. Mas os perigos do álcool para o feto já eram conhecidos desde a Grécia antiga em que os recém-casados eram proibidos de consumir álcool a fim de evitar a concepção enquanto estivessem intoxicados.



6. PRIMEIRA INFÂNCIA E O SURREALISMO


Algumas pessoas falam: “Meu tempo de infância era bem melhor, era um tempo em que eu podia falar tudo o que queria, sem pensar!” Era também um tempo que eu não era “contaminado” pelo ambiente em que vivia...! Esse ato de falar sem pensar vai de encontro com uma das várias definições de Surrealismo; Para Breton (1954), principal líder desse movimento, “o surrealismo é um automatismo psíquico puro mediante o qual se nos propõe exprimir quer verbalmente quer por escrito o funcionamento real do pensamento, fora de todo o controle exercido pela razão, fora de toda a preocupação estética ou moral...”. Mas como não ser supostamente “contaminado” por esse ambiente. Que ambiente é esse? O que há nele que nos ‘contamina’?

É impossível não ser “afetado” pelo ambiente e também por quem o compõe; há uma frase celebre na psicanálise que cita: “Para saber de mim preciso atravessar o outro”; (Ricardo Goldenberg). E além do mais, o processo de corporeidade é um processo de interação com o mundo e não de exclusão, uma criança necessita mais do que outras pessoas de um príncipio, ou seja, uma rica e sábia introdução no mundo pelos quais os adultos são protagonistas; Moreira (1998, p.143) que diz: “Falar em corporeidade é falar do existente, do ser que interage no e com o mundo, consigo mesmo e com os outros...”.

Como já vimos o mundo das crianças pode ser totalmente associado há algumas definições de Surrealismo, devido a uma característica muito peculiar a esses pequenos seres “iluminados”, elas ignoram as formas ou quaisquer regras na conversação, devido à sua genial espontaneidade; “Podemos aprender muito analisando as ações espontâneas das crianças...” ( Beverly D. Ulrich, Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças,adolescentes e adultos/ David L. Galahue, John C. Ozmun).



7. BIBLIOGRAFIA


BEE, H. A criança em desenvolvimento. 9ed Porto Alegre: Artmed, 2003. 612 p.

BRACHT, V. A criança que pratica esporte respeita as regras do jogo...Capitalista. Revista Brasileira de ciências do Esporte 7 (2) 62-68, 1986

DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C.A. Educação Física na Escola: Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 293p.

GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças. Adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo: Phorte, 2005. 585p.

FREIRE, J. B.; SCAGLIA, A. J. Educação de como pratica corporal. 4ed. São Paulo: Scipione, 1994. 183p

HUIZINGA, J. Homo Ludens. 5ed. Perspectiva: São Paulo, 2004.

FORTINI, F. O Movimento Surrealista. 2ed. Editorial Presença

NETO, C. A. F. Motricidade e o jogo na infância. 2ed. Sprint: Rio de Janeiro, 1999.

WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget: fundamentos do construtivismo. 5ed. São Paulo : Pioneira, 1999. 223 p.

MEDICALOOK: YOUR MEDICAL WOLD
Disponível em: Acesso em: 21 fev. 2010