26 de fev. de 2010

O QUE É RITMO

Disciplina: Atividades rítmicas


Introdução



O significado da palavra tem origem grega que é “aquilo que se move; aquilo que flui; aquilo que nos leva crer que todo movimento é um ritmo em potencial” (BRASIL, 2008 apud CAMARGO, 1994, p.23).

Existem vários tipos de ritmos como: rápido, lentos, leve e forte no qual determina isso é a pessoa, na intensidade e no tempo que vai utilizar seus músculos.

Todo ser humano é dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por isso, o ritmo é considerado o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.

É o ritmo externo ao Homem que coloca em jogo, mais do que tudo, o movimento corporal e possíveis modificações fisiológicas. O ritmo da bateria de uma escola de samba provoca, na maioria das pessoas, elevação da frequência cardíaca e, mesmo que discretamente, um gingado do corpo, uma batida de pé, um estalar de mãos.

Autores e pesquisadores que conceituaram o ritmo admitem a dificuldade de situá-lo como algo concreto e a impossibilidade de defini-lo e de avaliá-lo de forma objetiva. Poderíamos considerar que o ritmo é um fenômeno que existe de fato. Hanebuth (1968, p.13), um dos autores que mais contribuiu para o entendimento do ritmo e que o associou às atividades motrícias, argumentou que o ritmo constitui a coordenação motora e a integração funcional de todas as forças estruturadoras, tanto corporais como psíquicas e espirituais. Entender o ritmo como algo interno e que pode ser alterado a partir de estímulos externos, advindos do meio ambiente, é considerá-lo como impulsionador de processos psíquicos, afetivos e emocionais.

A valorização ou não do desenvolvimento do ritmo pode estar atrelada à confusão no seu entendimento ora como capacidade humana diretamente ligada ao Sistema Nervoso Central, ora como metodologia de ensino que facilita e motiva a aprendizagem, execução e criação de movimentos.



Ritmo



Se cada pessoa tem o seu ritmo e esse está relacionado com o sistema biológico e também como uma forma de comunicação, o ritmo tem relação com a sociedade e a sua cultura, e como cada região tem uma forma de expressão, o ritmo também é modificado em cada lugar encontrado.

Os fatores externos influenciam no sistema biológico, que através disso recebem informações para o sistema nervoso central (SNC) a partir destas decisões convenientes ocorre a homeostase.

A sociedade a todo o momento envia estímulos externos. Já o ritmo é um conjunto de estímulos externos e influências internas, pois se o corpo não estiver em homeostase, ele vai responder de uma forma diferente, mas mesmo assim continuará a ter movimento, com sincronismo desigual. O material de trabalho da educação física é o corpo em movimento, então a partir deste, estimulamos o aluno a se movimentar e a interagir com o mundo e conhecer o seu próprio corpo, isso é um ritmo, e na aprendizagem esse é um fator essencial, pois é uma troca de conhecimento e para haver essa troca tem que haver sincronia e compreensão.



Vídeo



Os dois lados da moeda

Vamos mostrar que o ritmo pode ser encontrado em vários lugares e de várias maneiras, por exemplo, iremos utilizar dois vídeos para demonstrar dois tipos de ritmo diferentes, o ritmo da cidade grande e o ritmo da cidade do interior.

Na cidade grande o ritmo é bem acelerado, as pessoas vivem numa correria diária, que quase não tem tempo de olhar para o lado e conhecer a cidade. Já nas cidades do interior o ritmo é muito diferente, pois é calmo e nos passa uma tranquilidade que não temos nas grandes cidades.

Um dos fatores responsáveis por essa diferença é o número de habitantes, o número de carros e prédios é muito maior do que nas cidades do interior. Isso é o que faz as cidades do interior ser mais tranquilas e terem um ritmo mais lento do que na cidade grande.

Para sentir essa diferença, basta pegarmos uma pessoa que sempre viveu em cidades pequenas no interior e colocar ela para ficar numa cidade grande por um determinado tempo, ela vai ter que se adaptar ao novo ritmo, o mesmo acontece se pegarmos uma pessoa que sempre viveu na cidade grande e levar ela para ficar um tempo no interior, ela também terá que se adaptar ao novo ritmo, lembrando sempre que cada pessoa tem o seu próprio ritmo, mas as influências externas acabam interferindo nele.

Arribas (2002) cita que a primeira infância é a idade mais indicada para iniciar o cultivo do sentido rítmico, pois a espontaneidade e a liberdade de expressão da criança nesta fase proporcionam condições muito úteis para trabalhar o ritmo; ROSSETE (1992) cita como exemplo o bater palmas, que é o primeiro movimento espontâneo em face do ritmo, e a criança o realiza desde o primeiro ano de vida, quando brinca com aqueles que a cercam.

“Cada corpo tem sua corporeidade que, no fundo, corresponde à sua arquitetura. A corporeidade é o que faz com que um corpo seja tal corpo. o organismo humano, como uma espécie viva, tem sua própria corporeidade. Mas cada individuo, segundo a engenharia genética revela, possui uma corporeidade própria”. (MOREIRA,1998)




Exemplos de Ritmo


Campo



Urbano




Conclusão



Le Parkour e Surreal


“Dali está sempre ocupado em unir para legitimar. Sua imaginação trabalha, não para inventar a irrealidade, mas para diminuir a distância entre as coisas reais” (Salvador Dali); David Belle inventor do Le Parkour, diz que: “O espírito no Parkour é guiado em parte a superar todos os obstáculos em seu próprio caminho como se estivesse em uma emergência”.



Bibliografia


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : Educação Física /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 1998. 114 p.


TERTULIANO, I. W. et al. Estrutura de prática e frequência de "feedback" extrínseco na aprendizagem de habilidades motoras. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.22, n.2, p.103-18, abr./jun. 2008
Disponivel em: <www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rbefe/v22n2/v22n2a2.pdf>


LUIZ, Teumaris R. B. Avaliação de um programa de atividades rítmicas adaptada à pessoas surdas para variação dos parâmetros de velocidade no ritmo. R. bras. Ci. e Mov. Brasília v. 11 n. 3 p. 27-32 jul./set. 2003
Disponivel em:


PAUWELS, Dali. As paixões Segundo Dali. Rio de Janeiro: Expansão Editorial



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