23 de fev. de 2010

COMO SE APRENDE

Disciplina: Aprendizagem Motora


Aprendizagem



O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, e isso vai ocorrer por toda a sua vida, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológico e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.


"Processo interno que produz alterações consistentes no comportamento individual em decorrência das interações da experiência, da educação e do treinamento com processo biológico. É um fenômeno no qual a experiência é pré-requisito, o desenvolvimento, em oposição, é um processo que pode ocorrer independentemente da experiência". (GALLAHUE, 2005)


A aprendizagem pode ser considerada também uma forma de ensinar e estimular o desenvolvimento da pessoa para se conhecer e também conhecer o mundo em que vive e se relacionar com as outras pessoas. Conforme é afirmada no site formação onde fala sobre o conceito de aprendizagem.



Como se aprende


FREUD e MONTESSORI consideram que o que vem de dentro da criança consiste no aspecto mais importante do desenvolvimento; por isso o ambiente escolar (educacional) de ser permissivo o suficiente para permitir que os aspectos internos ‘’bons’’ (as capacidade e virtudes sociais) desabrochem e os aspectos internos ‘’maus’’ permaneçam sob controle (KOHLBERG e MAYER, 1972). Dessa forma, a criança é concebida como uma planta, que se origina de uma semente e todas as características que ela possa vir a desenvolver já estão predeterminada e contidas na semente. A planta necessita de luz solar, ar e água (um bom ambiente) para crescer, mas além de retardar ou maximizar o crescimento, os fatores ambientais não tem maiores efeitos sobre as características da planta. O que mais contribui para o desenvolvimento é o que existe naturalmente dentro do indivíduo.


Transmissão Cultural-Behaviorismo


A educação tradicional praticada nos Estados Unidos e na maioria das sociedades ocidentais está enraizada no conceito de que a prática educacional consiste na transmissão direta do conhecimento acumulado, das habilidades e dos valores da cultura. Na União Soviética, esta idéia foi institucionalizada como uma política explícita do Estado. O conceito de desenvolvimento da corrente da transmissão cultural entende a mente como uma máquina.

O ambiente é considerado como o responsável pelo desenvolvimento. Subjacentes ao conceito mecanicista de desenvolvimento estão os conceitos associados de estímulo e resposta e reforçamento, cujas raízes estão nos trabalhos de John Locke, Ivan Pavlov, John Watson, A.H. Thorndike e, mais recentemente, de B. F Skinner. O desenvolvimento mental da criança, bem como dos morais e das emoções, são concebidos como um resultado de associações especificamente adquiridas sob controle do meio, por meio de reforçamentos.

As inovações educacionais atuais que se baseiam na justificativa teórica de corrente da transmissão cultural são a tecnologias educacionais e a modificação do comportamento. Em ambas, a experiência externa (ou reforçamento) é considerada crítica na modelagem ou determinação do curso da aprendizagem e desenvolvimento. Em geral, a maturação, ou pré-determinismo genético, tem pouca significação.

O modelo Behaviorista de transmissão cultural sugere que as crianças podem aprender somente através da instrução direta. O professor deve ensinar a criança. E isto é realizado de modo mais eficiente quando o professor (ou os pais) controla aqueles reforçadores que operam sobre uma criança específica e compõem o esquema da contingência de reforçamento na aprendizagem da resposta desejada.


Exemplos de técnicas



Demonstração e descrição verbal


Conforme a afirmação MAGILL, a demonstração é a forma de se ensinar habilidade motora mais comum, independente de número de pessoas. Porém existem várias formas de como transmitir essa informação através de demonstração. “As duas formas mais populares de comunicar como desempenhas uma habilidade consiste na demonstração da habilidade e na instrução verbal”. (MAGILL, 1998. P. 184).


Considerações de condições para aplicar a técnica da demonstração


Ver e Olhar


Não adianta a pessoa somente observar e não assimilar a informação e que está sendo transmitida, para isso pode ser utilizar a técnica de perguntar para o aprendiz descrever o que foi demonstrado, a fim de identificar esta obtendo resultado positivo ou negativo. Não há necessidade da explicação ser de forma exata, porem de forma coerente, pois cada um tem uma percepção deferente do outro.


“O observador percebe e utiliza aspectos invariantes do padrão de movimento coordenado a fim de desenvolver seu próprio padrão de movimento para desempenhar a habilidade” (MAGILL, 2000. P. 185).


“As pessoas podem reconhecer diferentes padrões de passos com precisão e rapidez, sem ver o corpo todo ou o movimento dos membros. Ou ao contrário, as pessoas utilizam a razão invariante do tempo relativo entre dois componentes do passo. Ou seja, a informação mais importante envolvida na aprendizagem observacional são as relações invariantes no movimento coordenado”.



O que interfere na aprendizagem


Durante a pesquisa foram detectadas algumas situações que pedem influenciar de forma negativa ou positiva no processo de aprendizagem, que neste caso pode ser de forma intrínseca ou extrínseca.

Alguns fatores que interferem na aprendizagem são:

• Carências afetivas;
• Deficientes condições habitacionais, sanitárias, de higiene e de nutrição;
• Pobreza da estimulação precoce;
• Privações lúdicas, psicomotoras, simbólicas e culturais;
• Ambientes repressivos;
• Nível elevado de ansiedade;
• Relações interfamiliares;
• Hospitalismo;
• Métodos de ensino impróprios e inadequados

É possível obter grandes resultados a cerca da aprendizagem e do desenvolvimento, desde que venhamos respeitar o educando observando nele sua capacidade de absorção de aprendizado. Como podemos ver no texto anterior, isso se torna mais fácil quando executado em sincronia de professor aluno, pais e filhos, professores e pais, tornando melhor o desempenho do aluno. É muito importante que as diferenças sociais e raciais sejam minimizadas, pois afinal a discriminação existe e é um fator muito prejudicial para o aprendizado. Temos que fazer o possível para quebrar os preconceitos que são uns dos fatores que faz com que o aluno venha coagir mediante esta situação.

No caso da aprendizagem motora, o ambiente pode influenciar na aprendizagem, pois segundo MAGILL (1998) afirma que o ser humano tem limitações ao fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo quando somos obrigados a dividir nossa atenção entre as tarefas serem desempenhadas.


Essa influência pode ser negativa ou positiva no processo.

Positiva – Quando a atividade exigir que a pessoa tenha que tomar decisões rápidas e depende da influencia de fatores externos, como em um esporte coletivo ou ate mesmo no dia a dia.

Negativa – Atividades que exigem concentração e detalhes, ou te mesmo algo novo, onde a pessoa não tenha o domínio da habilidade, ou seja, influencias externa podem desviar a atenção de prejudicar no desempenho do individuo.


Conclusão


Concluímos que devemos observar de forma individual cada situação. Pois o fato do individuo ter dificuldade a assimilar a aprender algo novo, não é um padrão, é necessário conhecê-lo de uma maneira muito próxima, a sua personalidade, o histórico de sua vida, observar a expressão corporal e o relacionamento com as outras pessoas, e não caso do campo educacional, conversar com os pais entre os outros professores, com objetivo de detectar, resolver o problema.




BIBLIOGRAFIA

GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças. Adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo: Phorte, 2005. 585p.

MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2000

WADSWORTH, B. J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget: fundamentos do construtivismo. 5ed. São Paulo, 1999

Site: Formação

Disponível em: <http://formacao.atwebpages.com> Acesso em: 19 fev. 2010


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